sábado, 18 de agosto de 2012

meu bem guardado.

Liguei o som no último volume. Soltei de dentro de mim a dançarina e cantora mais complexa e sem noção que existia. Dancei. Cantei. Ri dos meus tombos, dos meus erros.
Me imaginei sobre um palco enorme, com muitas pessoas me vendo. Joguei a timidez no lixo, deixei atrás da porta. Fui ser um pouco eu. 
Na minha imaginação eu estava num lugar publico, com muitas pessoas me vendo. Na realidade, eu estava sozinha. Em casa. 
Na minha imaginação você estava lá me aplaudindo, cantando minhas músicas, curtindo minhas coreografias. Na realidade você nem sabia que eu existia. Nem sabia o poder do meu maior sonho. Mas nem eu sabia.
Na minha imaginação você era o guitarrista de maior sucesso. E era da minha banda. Além de ser o meu. Mas na realidade as coisas eram diferentes. As pessoas diziam-me que eu tinha pressa demais e que o que era meu estava guardado. Mas olha só. Estava tão guardado, mas tão guardado que eu não fazia ideia de onde estaria. Nem de quem seria.
Na minha imaginação as coisas eram como eu planejava. Era apenas eu, você, um violão ou guitarra, a nossa voz e as minhas coreografias, mas na realidade era eu, minhas músicas sem sucesso e meus sonhos. Você, seu sucesso, sua realidade.
Eu estava feliz. Eu cantava e dançava como se fosse uma criança sem medo do futuro. Eu curtia cada timbre, cada nota. Eu pulava. Gritava. Girava. As vezes tropeçava nas minhas próprias pernas, mas qual era o problema, não é mesmo? Era eu fazendo o show para mim mesma. Na varanda da minha casa. Com as portar fechadas. O som abafando o ambiente. O calor escorrendo pelo corpo. A felicidade transbordando. 
Eu não sabia que o que me esperava era mais complicado. Afinal, eu estava vivendo a criança que se fazia posse do meu corpo. Na verdade, eu estava sendo eu. Um eu que poucos tinham visto e que poucos tinham conhecido.
Até que o telefone toca. Ai que raiva. Odeio ser interrompida quando estou cantando, dançando. 
Fui atender, e era o meu melhor amigo. O único que me conhecia por completa. O único que sabia das minhas façanhas. O único que já tinha me visto dançar e cantar, e que tinha me aplaudido. O único em quem que eu podia confiar. O único que sabia tocar guitarra e violão tão bem quanto qualquer famoso dos meus sonhos. O único que cantava comigo. Que me cuidava. Me paparicava. E sabe o que era melhor? Ele estava presente. Ele estava ali, na outra ponta do telefone. Ele existia e eu sabia onde encontrá-lo.  
Lembrei então do que tinham me dito. Que o que era meu estava guardado. E sabe que foi ele mesmo que me disse isso? Aí então a ficha caiu. 
Ele, o único homem perfeito aos meus olhos, até então meu melhor amigo, era quem estava perto de mim pra me proteger. Ele estava ali, e era ele o meu bem guardado, que aos meus olhos não passava de apenas um bom amigo. Ele estava ali. Comigo. Do meu lado. Desligamos o telefone e eu voltei a cantar e dançar loucamente. Agora mais feliz ainda, por ter me dado conta de que o até então meu melhor amigo, se encaixava em todas as qualidades e defeitos do meu guitarrista, da pessoa dos meus sonhos.
É. Sonhos. 
Minha mãe bateu a porta de meu quarto. Foi então que acordei. Meio fora de mim ainda. Até cansada. Mas percebi que tudo não tinha passado de um sonho.
Eu estava realmente em casa, mas não estava sozinha. Eu estava no meu quarto, e não na varanda. O som estava desligado. O telefone não tinha tocado. Eu estava dormindo e sonhando. Sonhando com o meu bem guardado. Tão guardado que ainda não descobri onde está. Mas eu sei que está. Em algum lugar ele está...

Curta-Metragem

Oi! O vídeo que vou publicar aqui é um Curta-Metragem que foi postado a pouco tempo, por uma turma de 3° ano do Colégio Rui Barbosa de Carazinho - RS.
O curta foi feito pela turma de 3° ano e eu gostaria de compartilhar com vocês porque por eu gostar de teatro esse curta me impressionou muito. Bem produzido, bom texto, bons atores. Achei perfeito.
Aí, decidi compartilhar... Espero que gostem :)


domingo, 12 de agosto de 2012

Especial: Canto e interpretação.

O que muitos não sabem sobre mim é que um dos meus grandes sonhos sempre foi ser cantora, fazer aulas de dança, e de teatro. Fiz curso de violão por uns 2 ou 3 anos, mas isso faz muito tempo. Desapeguei. E agora a vontade voltou. Quero voltar a fazer curso de violão, o que vai me ajudar mais, vai me dar apoio.
Cursos de canto, nunca fiz. Apenas fui aprovada numa seleção para crianças que queriam participar do coral da escola quando eu estava no EF. A muito tempo também...
Nunca parei de cantar, canto o tempo todo, e todo o tipo de música. Mas sou MUITO tímida ainda para o público. Nunca participei de um festival, ou algo do tipo... Mesmo já tendo muita vontade...
Os que já me ouviram cantar, dizem que não mando nada mal. Mas sem nenhum curso, tenho a consciência de que falta muito pra mim aprender ainda.
A dois anos participo de um grupo de danças, o que me fez perder boa parte da minha timidez. Gosto de apresentações de trabalhos escolares em palco, com platéia, com microfone.
O grupo que participo é de danças alemãs, mas ainda quero me especializar num de salão. E minha vontade também seria aprender ballet, mas acho que já passei do ponto kkk'.
O cantar pra mim resolve muita coisa. E o dançar também. E é algo que eu trago desde quando era pequenininha, um sonho que pela minha grande timidez não tomou rumos desde cedo...
Onde eu quero chegar com este post? Pois bem, o que tá em evidência aqui é o cantar e como eu nunca fiz curso de canto, resolvi pesquisar na internet, vídeos que mostrassem boas dicas e até umas aulinhas virtuais para iniciantes. O que achei? Achei um bem simples, e que me interessou muito. É o básico do básico, um exercício que eu posso fazer em casa, a qualquer hora, e que vai me trazer melhores resultados... E resolvi compartilhar com vocês. Caso alguém também goste de cantar e não faz curso a baixo, o vídeo do qual estou falando...


terça-feira, 7 de agosto de 2012

consequências de um sentimento qualquer

Estava vendo fotos nossas, antigas. Como o tempo passou e as coisas mudaram, não é mesmo?
Você por exemplo, hoje tão distante, com seus compromissos, suas vontades, seus desejos, continua com as mesmas manias e tendo os mesmo gostos, okay. Mas e eu? Bah. Eu né. Bem eu que pensei que nunca iria me libertar de nós dois, eu que pensava ser escrava eterna de você.
E sabe que a realidade sendo outra foi bem melhor? É isso mesmo. Estamos em mundos iguais e realidades diferentes. Consequências de sentimentos quaisquer. De vidas opostas. Consequências de jogos diferentes. Escolhas e sentimentos diferentes.
Antes era tudo tão superficial, as coisas pareciam perfeitas demais, e quando algo estragava tudo acabava indo junto para o fundo do lixo. É, lixo e não poço. Porque do poço alguma coisa poderia voltar, mas do lixo não.
Generalizando as consequências que nos trouxeram até aqui, eu as agradeço.
Sabe aquela guria fresca, chata, mimada e até apaixonada demais? Em algum lugar de mim ela continua, mas não por você, e sim por mim.
Em algum lugar do meu inconsciente ela esta presente, mas o coração dela não bate mais por você, mas sim por mim mesma. Sabe o valor que tu dizia dar pras pessoas que gostava, mas que na verdade não dava? Ele se acumulou tanto dentro de mim que acabou transbordando. E agora esse valor todo que caiu sobre mim, passou a permanecer somente a mim. Não existe mais nós, não existe mais eu e você. O que existe agora sou eu. Eu madura. Eu feliz. Eu vivendo coisas novas. Eu amando novas pessoas. E eu, liberta da minha escravidão por ti.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

sem título.

Essa aba esta aberta a um certo tempo já, e eu ainda não me decidi sobre o que escrever. Pois hoje não foi um dia lá muito emocionante, não fiz nada de mais, na verdade, não fiz nada.
E é bem nada que eu to fazendo ultimamente.
Ainda não descobri o que me encanta, e vir aqui só pra falar de amores e ilusões não é legal.
Eu me olhei no espelho e tentei ver além da imagem que refletia, tentei me perguntar por alguns minutos porque eu estava aqui e porque eu sou assim. Qual é o meu papel?
Uma tentativa que foi pelo ralo, pois eu não estava com argumentos para explicar para mim mesma coisas que eu não sabia, que eu desconhecia.
Vocês que só sabem o meu nome e talvez o meu endereço, o que acham de mim? O que pensam a meu respeito?
Será que acham que eu sou quem realmente sou? Vocês já se perguntaram isso? Já pararam pra querer saber o que as outras pessoas pensam de você e se isso que elas pensam reflete em algo que se encaixe no que você realmente é?
Talvez elas só saibam o teu nome e já acham que sabem tudo sobre você. Talvez você mesmo só saiba o seu nome. É, vai ver é isso mesmo. Eu só sei o meu nome e não sei quem é você e muito menos quem sou eu.