A verdade é que tu foi muito importante pra mim e que eu sinto muita falta de ti. Que ainda ouço nossas músicas, que olho nossas fotos, leio nossas cartas, revejo os momentos que tive contigo. É, e isso da mais saudade ainda.
Porque foi um momento tão bom, tão puro e tão verdadeiro. Mas que começou e acabou tão rápido e sem explicação.
De uma forma ou de outra a grande parte das coisas que aqui escrevo é pra ti. Tu sabes.
É o que mais me dá vontade de escrever. O que eu não te disse por medo, ou insegurança, aqui eu escrevo. É tão mais simples.
Foram momentos tão engraçados, surpreendentes, bobos. Inconvenientes.
Muitas vezes eu lembro e choro, noutras, eu lembro e começo a rir. É. Uma mistura maluca de sentimentos que eu não sei explicar. Uma mistura de saudade com alegria por simplesmente ter acontecido.
Eu queria olhar você de novo. Tocar sua pele, sentir seu cheiro. Me prender em teu abraço. Conversar com você. Sentir você. Só pra fazer de conta que isso nunca aconteceu antes. Queria o começo de tudo de novo. Era tudo tão bom. Nos detalhes mais imperfeitos.
Aquela tarde onde um ao lado do outro estávamos. Mas nenhuma palavra. A não ser as mais bobas. Como você está? Você é bom nisso. Vai jogar pra quem ano que vem?
é, era basicamente isso. Mas eu sei que você lembra. Aquilo ficou tão marcado. Dois idiotas sentados frente a um campo de futebol, sem se olhar, sem conversar. Quando um olhava para o outro, logo o olhar se desviava. Apenas estávamos juntos. Querendo dizer e fazer um monte de coisas, mas que a maldita timidez, a nossa timidez, não deixou.
Lembrando desses primeiros momentos, dos mais bobos que hoje fazem tanto sentido eu começo a rir. Rir de felicidade por isso tudo ter acontecido. Eu sei que foi tudo verdadeiro. Que nada foi em vão. Eu não me arrependo de absolutamente nada. Foi tudo muito, muito sincero e incrível.
E é isso.
Sinto falta. Muita saudade. Mas acabou. E sou feliz pelo fato de ter acontecido.
Porque em nenhum momento foi atoa o meu sentimento. Sempre fui verdadeira. Dei a cara a bater. Mas nem tudo é como gostaríamos que fosse. Então, acabou com um final feliz. Ou não.
Dependendo do ponto de vista de quem está do outro lado.
aat: Magalli Kaiper